O cantinho da Cinderela

O cantinho encantado da bloggosfera.

quinta-feira, abril 26, 2012

Libertar de emoções...



“-Preciso de falar contigo… “-dizes-me.
“-Então? Que se passa?”- pergunto-te eu.
“-Vou afastar-me por uns tempos…”
”-Como assim afastar-te? Vais para onde?”
“-Não vou para lado nenhum… apenas preciso de me afastar de ti para perceber o que vai na minha cabeça… estou confuso… sinto coisas que não devo…”
”-Será que não deves mesmo?”
“-Claro que não devo! Somos amigos! Não podemos ser mais nada! Acabaríamos por perder tudo!”
“-Não sei porque te retrais… sabes bem que sempre me interessaste… nunca to escondi!”
”-Se assim é, porque te retrais tu?”
”-Porque decidi respeitar o teu espaço… respeitar as tuas decisões… porque decidi que devias de ser tu a perceber o que sentias! Sem imposições!”
“-Mas eu sei o que sinto… só não quero sentir… não posso!”
“-Porra! Claro que podes!”

Levantas-te e afastas-te de mim. Sigo-te.

“-Não é a fugir que vais achar uma solução!”

Encosto-te à parede, aproximo-me de ti e insisto…

“-Diz de uma vez por todas que me amas! Que me queres!”
”-Não é assim tão fácil… não te quero perder…”
”-E não me vais perder!”
”-Mas…”
”-Diz, então, que nunca pensas em mim! Diz que não me desejas!”

Silêncio total…

”-Diz, porra!!! Olha-me nos olhos e diz que não me desejas!!”

Levantas a cabeça e centras o teu olhar no meu. Num movimento rápido, obrigas-me a mudar de lugar contigo. Encostas-me à parede e, num misto de loucura e desejo, dás-me um beijo.

“-Sim, amo-te! Mais do que tudo na vida! E sim, desejo-te! Como nunca ninguém te desejou, nem eu desejei alguém!”

Cobres-me de beijos… deixas-me sem fôlego… e completamente louca…
Devoras-me… como se fosses o predador e eu a presa…
Delicias-te com cada centímetro do meu corpo…
E deixas-me à beira da loucura final…
Envolves o teu corpo no meu e sacias a fome que te andava consumir…
Fazes-me gritar…
No fim, dás-me um beijo doce… olhas-me nos olhos… e dizes:
”-Amo-te. Agora… sempre… e para sempre…”

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terça-feira, abril 24, 2012

Chill Out Effects...



-Olá.
-Boas! Pontualíssima como sempre…
-Sabes como sou…
-Entra. Senta-te ali na sala que já te vou fazer companhia para pormos a conversa em dia. Vou só pôr o jantar no forno.
-Ok. Vou pôr um sonzinho para relaxarmos.

Entro na sala e percorro os teus cd’s até que descubro aquele cd perfeito. Coloco-o no leitor, ponho a tocar e sento-me no sofá à tua espera.

-Já está. Aproveitei e trouxe um garrafa de vinho para… hmmm… gostei da escolha musical… chill out… muito bom…
-Eu sei que gostas… e achei que seria muito bom como… banda sonora. Da conversa, claro!

Conversamos… rimos… e, quando damos por isso, a garrafa está vazia.

-Bolas! Já demos conta de uma garrafa? Assim não vou conseguir voltar para casa!!
-Não precisas de voltar…
-Oh… parvo! E fico onde? Aqu… hahahahaha!! És muito esperto…

Tiras-me o copo da mão e poisas os dois na mesa de apoio. Olhas para mim e mostras-me o teu melhor sorriso.

-Que foi? Que sorrisinho matreiro é esse?

Aproximas-te de mim… sempre de olhar fixo no meu… e beijas-me.

-Assim, o jantar vai arrefecer…
-Não te preocupes. Aquece-se outra vez… e outra vez… e quantas vezes forem precisas.

Sorrio e puxo-te para mim. Trocamos beijos quentes… e deixamos toda a intensidade da música invadir-nos o corpo.
Peça por peça, libertamo-nos de qualquer tipo de tecido. Sinto a tua pele tocar a minha… o calor do teu corpo… a sede dos teus beijos… e os nossos corações a bater cada vez mais forte. Por longos momentos, somos apenas um… partilhando o desejo… a loucura… a paixão… até que já não podemos mais.

-Bom… é melhor ir aquecer novamente o jantar.
-Queres ajuda…?
-Hmmm… para aquecer o jantar ou…?

Sorrio, apenas, e seguimos os dois até à cozinha…

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domingo, abril 08, 2012

Por vezes o silêncio vale mais que mil palavras...

Precisava de estar sozinha… tinha demasiadas coisas em que pensar e muito poucas soluções…
Decidiu ir para o único lugar onde se sentia em paz… onde conseguia esquecer o resto do Mundo.
Sentou-se na areia e ficou a olhar o Sol a tocar no horizonte.
Porque é que as coisas não podiam ser simples de resolver?! Porque não podia optar por um caminho sem ficar a pensar e se tivesse optado por outro? Porque não podia seguir em frente sem pensar nas consequências das suas escolhas? Porque não podia ser amada da mesma maneira que amava?
Toda aquela tanquilidade não lhe trazia respostas… ela bem o sabia… mas, pelo menos, ajudava-a a relaxar… a não se sentir tão presa… tão confusa…
Pouco depois, sentiu alguém aproximar-se.
”-Que fazes aqui? Não estou para conversas! Quero estar sozinha!”
Ele olhou para ela, sorriu e sentou-se a seu lado.
”-Mas… ‘tás-te a passar? Não ouviste o… bah… esquece! Se queres ficar, fica! Não quero saber!”
E ali ficaram… os dois… sentados na areia… em silêncio… a ver o pôr-do-sol…

Algum tempo depois, levantaram-se e dirigiram-se ao parque de estacionamento.
Ela abraçou-o, deu-lhe um leve beijo nos lábios e, disse:
“-Obrigada.”
Ele limitou-se a olhar para ela.
E sorriu, ao vê-la afastar-se. Não por se ir embora… não por aquele momento que passaram juntos…
Mas porque sabia que, mesmo sem ter proferido uma única palavra, ela tinha percebido aquilo que ele lhe queria dizer…

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